Medicalização e patologização infantil

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MEDICALIZAÇÃO E PATOLOGIZAÇÃO INFANTIL

É normal hoje em dia rotular as crianças. Muitos profissionais que trabalham com crianças, e até mesmo as famílias delas, ao se depararem com uma criança esperta, logo pensam que ela é hiperativa. E quando a criança é desatenta, ela tem um caso de déficit de atenção. E, hoje em dia, esse pré-conceito sobre diversas crianças estão levando os pais a medicarem seus filhos, na maioria das vezes com remédios “tarja-preta”. Então, essa medicalização está começando cada vez mais cedo, muitas vezes com crianças que não apresentam problema algum, que são apenas crianças. Segundo o pediatra Daniel Becker¹, é importante levar em conta o ambiente onde a criança vive, sua classe social, a cultura em que sua família está inserida, para depois prescrever um medicamento. Em uma propaganda do Conselho Regional de Psicologia, onde há um manifesto dobre medicalização infantil, está escrito “Se você acha que seu filho é muito arteiro, fique calmo. Ele está apenas sendo criança”, e muitos pais não pensam dessa maneira. Hoje em dia, com o excesso de trabalho, e o pouco tempo de descanso, os pais procuram meios de acalmar seus filhos, e não pensam no mal que isso pode lhe causar. Esses medicamentos excitam o cérebro da criança, e mudam seu comportamento, de “arteiro” ele passa a ser calmo e obediente, e deixa de ser o que ele é, uma criança. O pediatra Daniel Becker¹ diz em sua entrevista que o medicamento é sim, um meio muito importante, porém, deve ser utilizado em casos que realmente sejam graves, em crianças que se tornam um problema enorme na escola, na família e na sociedade. Nesses casos específicos é importante que a criança seja tratada. Ele cita que, muitas vezes, o remédio salva o convívio familiar e a vida social dessas crianças. Os pais devem ficar atentos ao comportamento dos filhos, mas também devem levar em consideração que a vida social da criança mudou

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