A medicalização como recurso de controle nas escolas
CURSO: PSICOLOGIA – 10º PERÍODO – NOTURNO
DISCIPLINA: PSICOLOGIA E PROCESSOS EDUCACIONAIS EM SAÚDE
PROFESSOR: ANDRÉ AMORIM
ALUNAS: AMANDA M. GONTIJO, FERNANDA SILVA, RENATA CHAGAS, RONARA MENEZES E SUELEN LAMOUNIER.
A medicalização como recurso de controle nas escolas
A psicologia desde sua regulamentação enquanto ciência e principalmente como prática busca atender a demanda de cada tempo histórico. Em tempos de grande desenvolvimento econômico e tecnológico toda construção e atuação científica seguem esse contexto, a práxis psi não seria, pois diferente. Mas em seu compromisso ético cabe ao profissional psicólogo questionar a realidade dada buscando transformações através de sua atuação com os sujeitos.
A questão atual de várias discussões se trata da medicalização da vida humana, e segundo Collares & Moysés (1994) esse termo refere-se ao processo de transformar questões não-médicas, eminentemente de origem social e política, em questões médicas, tentando encontrar no campo médico as causas e soluções para problemas dessa natureza, já que a ciência ganhou status de verdade, e essa idéia mesmo ultimamente contestada permanece hegemonicamente aceita.
A medicalização tem um caráter reducionista que considera o processo saúde-doença como centrado no indivíduo, privilegiando a abordagem biológica, organicista. Nesse sentido todos os problemas têm um culpado, o indivíduo, e não mais o coletivo, omitindo-se que tal processo é determinado pela inserção social do indivíduo, sendo simultaneamente a expressão do individual e do coletivo.
Esse processo de medicalização, de acordo com os autores supra citados, ocorre em escala crescente nas sociedades ocidentais, representando na maioria das vezes a pura biologização de conflitos sociais. E a partir dessa visão de mundo, as circunstâncias sociais, políticas, econômicas, históricas teriam mínima influência sobre a vida das pessoas; e o indivíduo seria o maior