Seminário medicalização
Ana Luiza Rotta, Grazielli Chaves, Ligia Loverso, Luiza Powalowski, Lygia Melo, Myllena Fernandes, Thami
Nakamura e Thales Gomes - MB2
PUC-SP - Psicologia
Conceitos
+ Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1946):
- “A saúde é importante para assegurar a paz e a segurança entre os povos” (organização política).
- “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade” (organização individual).
- Privilegia somente uma dimensão do corpo vivo, o fenótipo (ou seja, as características que se manifestam no contato do organismo com o meio), ignorando o genótipo como componente fundamental na definição do que seria um corpo saudável (em contraposição ao modelo observado na medicalização).
- Tenta orientar o campo de problemas éticos → a fisiologia, ao se tornar científica, deu à medicina um instrumento de análise e consequentemente, de controle sobre a vida, ou seja, um biopoder - o qual é exercido sobre o corpo por meio da tecnologia disciplinar da medicalização social a partir da ação sobre o biológico e, posteriormente, a consciência e ideologia (segundo Foucault, 1975).
- Pretensão de impor a ordem do controle sobre o corpo → “É neste ponto que certo discurso encontra ocasião e justificativa. Esse discurso é o da higiene, disciplina médica tradicional, doravante recuperada e travestida de uma ambição sócio-político-médica de regulamentar a vida dos indivíduos” (Canguilhem, 2005).
+ Em contraposição, segundo Nietzsche, conceitualmente, saúde seria “poder de pôr à prova todos os valores e desejos” (bem-estar bio-psico-social) → multiplicidade de definições (a conceituação de saúde não pode ser decidida em um plano objetivo, ou seja, deve haver uma troca de argumentos em detrimento às informações, e consequentemente, a um consenso – não existe uma verdade única). + Medicalização e patologização do psíquico = tratamento da