MEDICALIZAÇÃO INFANTIL
Delma Alice
Janice Ferreira
Naiara Oliveira
RESUMO Hoje é comum que uma criança inquieta em sala de aula ou apenas levada seja encaminhada a neurologistas ou psiquiatras para tratar de uma possível Hiperatividade e outros déficits. Há uma crítica contemporânea à invenção de (psico) patologias como o Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), cujo tratamento indicado, inclua medicamentos, modeladores de comportamento, o qual o princípio ativo é o metilfenidato, presente na Ritalina e Concerta e o quanto a indústria farmacêutica omite os efeitos colaterais causados por ele. Comportamentos normais estão sendo patologizados. Como entender o que está dentro dos padrões impostos como normalidade?
Pretendemos com essa pesquisa, compreender o papel do psicólogo frente às crianças medicalizadas, os tipos de consequências a medicalização pode trazer e se de fato é necessário sua utilização.
Palavras-Chave: Medicalização; Crianças; Deficit; Patologização.
INTRODUÇÃO
O excesso de diagnóstico de doenças mentais tem sido tema de grandes discussões diante da patologização de comportamentos como a ansiedade, por exemplo, exceto quando é exacerbada. No ano de 2006, foi registrado em Belo Horizonte, capital mineira, um consumo quatro vezes maior que a média do Brasil. E segundo estatísticas no período de outubro de 2012 a setembro de 2013 o mercado de antidepressivos e similares movimentou mais de R$ 2 milhões em todo país. O agravante é não haver um consenso quanto ao consumo entre a classe médica alegando a eficácia do medicamento onde destacam o aumento também do uso de outros medicamentos como para a hipertensão na intenção de amenizar e “mascarar” o uso desenfreado dos psicoativos.
Figura 1:
Charge: autor desconhecido
Um breve conceito de Infância
O conceito de infância que temos hoje, não é nada parecido com o conceito da Idade Média.
Segundo Ariès, (1975) o conceito de infância ocorreu