Medicalização de crianças e adolescentes
CONFLITOS SILENCIADOS PELA REDUÇÃO DE QUESTÕES SOCIAIS A DOENÇAS DE INDIVÍDUOS
PRECONCEITOS NO COTIDIANO ESCOLAR: A MEDICALIZAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Ao falar em fracasso escolar, não-aprendizagem, no ensino público, muitos atribuirão a responsabilidade desses resultados negativos à família e/ou à criança, raramente os profissionais da educação se responsabilizarão ou à escola em si. Uns apontam a família como culpada, alegam que a criança não tem estrutura familiar adequada, vive em ambiente inadequado, em comunidade carente desprovida de condições (no âmbito material, social e psicológico) para a criança ter uma vida digna. E quando apontam a criança como culpada muitas das vezes atribuem a ela alguma doença, seja física ou mental, e até mesmo como foi dito, de caráter social.
Na verdade há diversas causas discutíveis que explicam esse cenário cada vez mais aparente, mas o mais comum é que se culpem os pais ou as crianças, esquecendo que quem deve conduzir o aprendizado são os profissionais da educação. Os pais EDUCAM, o professorem INSTRUEM e ENSINAM, cabe aos pais formarem homens (mulheres) de bem, dignos, de caráter e com valores que só adquirem “no berço”, mas aos professores cabe a formação de cidadãos, tanto para a inserção no mercado de trabalho, quanto na sociedade.
O que se vê atualmente são pais culpando a escola pelo comportamento dos filhos, ou transferindo a responsabilidade de educá-los aos professores. Do mesmo modo alguns professores esquecem do seu verdadeiro papel na vida do aluno, e assim família e escola fazem um verdadeiro jogo de “empurra-empurra” procurando culpados para os próprios erros enquanto a criança está dando sinais de que precisa de ajuda de ambos. Por isso o professor deve estar sempre atento ao comportamento e desempenho do aluno, através deles é possível notar problemas de caráter físico e psicológico, e os pais também tem que ser presentes na vida escolar dos