Mecanismos de defesa - testes gráficos
Elza Gassano de Piccolo
O texto tem como objetivo descrever o modo específico com que se manifestam as defesas nos instrumentos projetivos gráficos visando assim facilitar o processo diagnóstico. As defesas fazem parte de processos dinâmicos e são vivenciadas como fantasias inconscientes relativas a aspectos do ego e/ou do objeto, enfatizados, depreciados, controlados, divididos, não vistos, etc., cujo objetivo é diminuir a ansiedade existente nos vínculos objetais e preservar o equilíbrio. Dessa forma, as defesas, apoiadas na fantasia, constituem a “melhor solução” conseguida pelo sujeito nas relações com seus objetos e são expressas pela percepção e valorização de alguns aspectos da realidade e do ego e neutralização de outros para evitar o sofrimento psíquico. É importante compreender a dinâmica dos processos defensivos e, para tanto devem ser observados os seguintes aspectos: qual é a modalidade defensiva (manifesta e latente); por que o ego optou por ela; para que optou por ela; a que nível evolutivo corresponde a modalidade defensiva; que características têm essa configuração defensiva (plasticidade, rigidez, etc.). - Mecanismos de Identificação Projetiva: é o mecanismo pelo qual o ego deposita um vínculo num objeto (interno ou externo) que passa a ter as características deste vínculo projetado. O mecanismo pode ser considerado normal ou patológico de acordo a quantidade e qualidade da fantasia ou parte do ego projetada. Os mecanismos de I.P. excessivos unidos aos mecanismos de “splitting” (desintegração do objeto) manifestam-se nos desenhos através de: fracasso na organização gestáltica, alterações lógicas, a folha em branco é tratada como depositária de objetos rompidos em pequenos pedaços, confusos e persecutórios, não há boa delimitação ente mundo interno e externo, figuras fragmentadas.
Mecanismos Esquizóides: - Mecanismo de Dissociação: é o mecanismo pelo qual o ego e um objeto único são divididos,