Segurança do trabalho
A Indústria da Construção Civil é uma atividade econômica que envolve tradicionais estruturas sociais, culturais e políticas. É nacionalmente caracterizada por apresentar um elevado índice de acidentes de trabalho, e está em segundo lugar na frequência de acidentes registrados em todo o país. A construção civil se difere dos outros setores industriais por possuir características, próprias, sendo que uma das principais é a pouca importância das máquinas e tecnologias para a obtenção da qualidade do produto, dependendo esta, quase que exclusivamente, da mão-de-obra utilizada.
Os acidentes de trabalho têm sido frequentemente associados a patrões negligentes que oferecem condições de trabalho inseguras e a empregados displicentes que cometem atos inseguros. No entanto, sabe-se que as causas dos acidentes de trabalho, normalmente, não correspondem a essa associação, mas sim às condições ambientais a que estão expostos os trabalhadores.
Os únicos EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual ) que são 100% fornecidos pelas empresas são: capacete, calçado, fechado e cinto de segurança. Cabe destacar que os EPI’s que apresentam fornecimento mais precário são os de proteção para o tronco, 70,6% das empresas não os fornecem. Um dado extremamente importante e preocupante é o de que muitas empresas não sabem quais são os EPI’s necessários para a construção civil e, algumas até mesmo desconhecem que são obrigatórios.
É necessário, sem dúvida, inspecionar e processar quem não cumpre a legislação vigente, mas é também necessário prevenir e informar, levar a cabo algum tipo de ação punitiva sem que tenha havido uma prevenção ou informação prévia leva a que haja maior número de infrações, o que se revela ainda mais penalizador para as empresas e, também, para os próprios trabalhadores. Mas a responsabilidade não é apenas dos empregadores, passa também pelos trabalhadores, pelo Governo e pelos parceiros sociais (cipa). Os empregadores