Avaliação Psicológica

Cap. III – Entrevista para a aplicação de testes Maria L. S. de Ocampo e Maria E. Garcia Arzeno

QUESTÕES
1 - Segundo as autoras o que é mobilizado no psicólogo para ele determinar a quantidade de testes a aplicar numa avaliação psicológica?
Desde o primeiro contato com paciente, acontecem algumas coisas que mobiliza o psicólogo a aplicar um número maior ou menor de testes, influi muitos tipos de relação predominantes entre eles. Predominam-se elementos negativos no vínculo, o psicólogo pode optar por aplicar mais testes, pra ver se ela melhora. Ao contrário do esperado, pode piorar a relação. Se o vínculo for positivo, pode ocorrer também que o psicólogo o prolongue porque o fato de dar o psicodiagnóstico como finalizado é sentido como uma perda que não tolera; custa-lhe separar-se do paciente, no primeiro caso pelo predomínio de elementos contratransferencialmente negativos, e sequencialmente pelo predomínio dos elementos positivos. De um modo ou de outro o problema consiste em estabelecer uma dosagem adequada da quantidade de entrevistas em geral.

2- Quais as consequências que podem ocorrer para o profissional e para o cliente, a redução do processo ou o contrário, quando se prolonga muito a bateria de testes? Responder duas consequências para cada situação. Se prolongarmos demais pode acontecer eventualidades de importância que só serão reconhecidas se o psicólogo trabalhar com um marco de referência psicanalítico e admitir a importância de transferência e contratransferência em sua relação com paciente e seus pais. Quando a bateria de testes se prolonga mais do que devido é porque predomina a sensação de impotência frente ao paciente. O paciente fica sobrecarregado em seu trabalho (sejam horas de jogo ou trabalho ou produção verbal). Facilita nele a fantasia de que esta acontecendo algo com ele tão sério ou complicado que leva o psicólogo a uma exploração intensiva. A fantasia seria a de ter algo extraordinário, complicado e difícil