revista vexatoria-humanização nos presidios
Por quê?
•Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade.
•Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência.
•Porque a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é indiferença.
•Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade. Autor Desconhecido
Resumo
Humanizar. Essa é a atitude primordial que se deve tomar para melhorar o sistema carcerário do Brasil. A opinião é de Carlos Weiss, defensor público de São Paulo e membro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça. Ele ministrou ontem a palestra "Humanização da Execução da Pena", no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). "Humanizar não significa passar a mão na cabeça dos criminosos e deixar de prendê-los, mas sim tratá-los como seres humanos que precisam de condições básicas para sobreviver".
Carlos explica que, se for feita uma análise nos presídios do País, é possível perceber que há uma enorme desigualdade social, reflexo dos 500 anos de história desse quadro no Brasil. "Só os mais pobres são presos e tratados como criminosos e marginais. Quanto mais desumanizarmos o sistema penitenciário, mas isso volta para a sociedade e da pior forma possível".
Um reflexo direto da forma precária como são tratados os presos é o surgimento de organizações criminais de grande força como o Primeiro Comando da Capital (PCC). O defensor público diz que o PCC foi fundado no interior do maior presídio de segurança máxima de São Paulo. Segundo ele, quanto maior a segurança, menor a dignidade dos presos, por isso eles se revoltam. "Presos perigosos entenderam que todos os detentos buscavam essa dignidade mínima e começaram a ajudar suas famílias, ganhando aliados. Assim começou o PCC, que ganhou uma força enorme ao longo desses sete anos,