Resumo: desvendando o mecanismo da projeção
Várias áreas utilizam a projeção, entretanto cada uma possui compreensões distintas do processo projetivo. Esse termo originou da neurofisiologia cujo evento é deslocado do meio externo para o meio interno, ou seja, resposta do organismo, sensações e percepções neurológicas.
A projeção na neurologia começou com o estudo do aparelho óptico em busca da captação do meio externo pelo olho até a decodificação pelo cérebro. Sendo, que quaisquer alterações neurológico ou cognitivo, alteram a imagem.
Já a psicologia utiliza o conceito projeção como resposta comportamental, sendo as produções humanas refletem nas respostas alguma relação entre as experiências passadas e recentes.
Stemberg nos seus estudos sobre o trabalho de Fechener estabeleceu relação direta entre a quantidade de estímulos e a resposta comportamental. Além dele, Laplanche e Pontalis em que o individuo percebe o ambiente e responde de acordo com seus interesses; aceita uma pessoa a outra em suas atitudes; assimila-se a pessoas estranhas ou assimila-se a si mesmo pessoas e atribuem a outros desejos, tendências.
A Psicanalise dentre as teorias psicológicas é a que mais utiliza a projeção, ampliando o sentido e a definição deste conceito na qual o sujeito expulsa de si e localiza no outro, pessoa ou coisa, realizando uma ação projetiva.
Para Freud a projeção é uma defesa muito arcaica encontrada nos casos de paranoia, mas o comportamento supersticioso do individuo normal também. No caso do paranoico, ele projeta na pessoa coisas existentes no seu inconsciente, mas que é insuportável admite-los possuir, tornando-se a vítima já que as coisas do interior agora externas voltam contra si.
Apesar da defesa projetiva encontrado na paranoia, Freud os vincula a outras manifestações: fobias, masoquismo, sadismo. Além da manifestação em relações humanas nos grupos sociais: religião, preconceito, cultura, tornando a projeção um mecanismo de defesa como a todos os indivíduos.