Maxista I
Karl Marx foi um filósofo alemão que dedicou-se aos estudos da economia política a partir dos resultados das contribuições dos seus antecessores, da chamada Economia clássica, que já haviam formulado um suporte teórico à ciência econômica bastante satisfatório, abrangente e sofisticada para época. As principais obras destes autores data do século XVIII e na primeira metade do século XIX oriundos, na sua maioria, da Inglaterra, palco da Revolução Industrial. Os autores clássicos estavam preocupados, sobretudo, em investigar as questões que tratavam de um velho dilema: que sistema econômico seria o mais adequado para ampliar e multiplicar a riqueza das nações e que leis econômicas presidiriam a divisão desta riqueza entre as classes sociais. Dentre as obras que trataram desta inquietude destacam-se as mais influentes como A riqueza das Nações (de Adam Smith) e Os princípios da economia política e da tributação (de David Ricardo). A resposta fornecida pelos autores clássicos a esse velho dilema é de que o sistema da “liberdade econômica” é a que melhor e mais satisfatoriamente atende o objetivo de enriquecer cada país isoladamente, assim como o conjunto de países que permitam que seus cidadãos o usufruto pleno da liberdade de negociar uns com os outros, é claro que de acordo com as normas ou princípios estabelecidos e assegurados pelas leis deste sistema. Este pensamento defendia que qualquer indivíduo que emprega capital com a perspectiva de obter lucro se empenhará em empregá-lo naquela atividade cujo produto for mais valioso e rentável. O indivíduo quando livre para agir em função do seu próprio interesse é “conduzido” por um instrumento abstrato, uma espécie de “mão invisível” que promove uma finalidade que não era sua intenção: o enriquecimento de toda a sociedade. Segundo este raciocínio, os diversos e numerosos indivíduos participantes desta atividade econômica têm muito mais competência para geri-gerir a mesma de maneira eficaz do que