Max Weber
A sociologia como a “ciência da sociedade” não surgiu de repente nem resultou das ideias de um único autor; ela é fruto de toda uma forma de conhecer e de pensar a natureza e a sociedade, que se desenvolveu a partir do século XV, quando ocorreram transformações significativas que desagregaram a sociedade feudal, dando origem à sociedade capitalista.
O pensamento social desenrola-se em meio a um cenário de desenvolvimento industrial francês e inglês. Esse desenvolvimento da indústria e expansão marítima e comercial colocaram a Inglaterra e a França em contato com outras culturas e sociedades, obrigando seus pensadores a um esforço interpretativo da diversidade social. O sucesso alcançado pelas ciências físicas e biológicas, impulsionadas pela indústria e pelo desenvolvimento tecnológico, fizeram com que as primeiras escolas sociológicas fossem fortemente influenciadas pela adaptação dos princípios e da metodologia dessas ciências à realidade social.
Na Alemanha a burguesia se organiza tardiamente, no século XIX, sob influência de outras correntes filosóficas e da sistematização de outras ciências humanas, como a história e a antropologia. A economia alemã estava inserida dentro de um contexto do capitalismo concorrencial, no qual os países disputam com unhas e dentes os mercados mundiais, submetendo a seu imperialismo as mais diferentes culturas. Em 1871, a Alemanha se unifica e se organiza como Estado nacional. O pensamento alemão surgiu com a proposta de estudo da diversidade, enquanto francês e inglês estudavam a universalidade.
No século XIX, a consolidação do sistema capitalista na Europa irá fornecer os elementos que servirão de base para o surgimento da sociologia como ciência particular. A sociologia propriamente dita origina-se do pensamento de alguns pensadores que procuraram discutir a sociedade de seu tempo, e isso ocorreu na França e na Alemanha principalmente.
Na Alemanha, o representante mais expressivo será Max Weber (1864-1920). Sua