Max Weber e as escolas de teoria social
Para falar sobre nas fontes que ele próprio indicou como quadro de referência das suas considerações epistemoló- gicas e metodológicas
Em diversas passagens da sua obra, Max Weber sublinha a importância das ideias de Wilhelm Dilthey, Wilhelm Windelband, Heinrich Rickert e Georg Simmel para a Metodologia das Ciências Sociais.
A explicação sociológica, segundo Max Weber, não segue o modelo de uma ciência nomotética nem se confunde com uma capacidade de empatia com os fenómenos observados.
A contribuição mais importante para uma teoria da compreensão encontra--se, para Weber, na obra de Simmel, onde se destaca a distinção entre uma compreensão objectiva do sentido de uma manifestação e uma interpretação subjectiva dos motivos do “agente”.
A interpretação, muitas vezes identificada por Weber com a compreensão, restitui o sentido das ações e das relações sociais, incorporando elementos normativos: haveria um hiato entre a decifração do sentido e a explicação e a observação dos fatos. Esses três planos estariam de tal forma articulados que, nas palavras de Domingues, "descrever já é interpretar, do mesmo modo que interpretar é descrever, nem mais nem menos que explicar e interpretar é descrever, e vice-versa" (p. 416). Neste ponto o autor considera necessário ir além da tarefa exegética de interpretar os textos de Weber, apontando que há uma instância abrangente, a compreensão, que, além de recobrir e articular todos os passos do método weberiano, seria a única responsável pela especificidade das ciências humanas (p. 519). A idéia de Domingues parece ser a de que a interpretação, isto é, o trabalho de