Maurice halbwachs e a questão da memória
Em trabalhos mais recentes, a relação entre História e Memória levou vários estudiosos a refletir sobre o conceito de memória, uma vez que o termo passou a ser muito difundido e revalorizado atualmente, mas, em contrapartida, tornou-se alvo de grande descaso ou “fragilidade teórica”. “Em uma palavra, muito se fala e se pratica a ‘memória’ histórica (...), mas pouquíssimo se reflete sobre ela” (SEIXAS, 2004: p.38). Neste esforço de pensar o conceito de memória tornou-se fundamental o retorno às idéias de Maurice Halbwachs que, em 1925, elaborou uma espécie de “sociologia da memória coletiva”. Trabalhos importantes como Les Lieux de Mémoire do historiador Pierre Nora de 1984 e Memória, Esquecimento, Silêncio e Memória e Identidade Social do historiador Michael Pollak (publicados respectivamente em 1989 e 1992) encontram-se em constante diálogo com a obra deste pensador.
E, com a finalidade de perfazer estes caminhos já há algum tempo sinalizados por tais historiadores, que proponho neste texto algumas breves considerações acerca do pensamento