Tempo e memória: a construção social do passado na História - Martins

1049 palavras 5 páginas
UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA
BACHARELADO EM HUMANIDADES
DISCENTE: JANNIEIRY CARDOSO MACIEL ARAÚJO
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTO

MARTINS, Estevão C. de Rezende. Tempo e memória: a construção social do passado na História. In: XXIV Simpósio Nacional de História - História e Multidisciplinaridade: territórios e deslocamentos, 2007, São Leopoldo. Anais do XXIV Simpósio Nacional de História. São Leopoldo/RS: UNISINOS, 2007. v. Compl. p. 1-10.

Estevão C. De Rezende Martins, professor de teoria da história e história contemporânea na Universidade de Brasília - UnB, pesquisador do CNPq/Brasil. O autor em questão menciona como tarefa social constante da humanidade, dominar o tempo através da memória. Martins aborda Pierre Nora (1984), indicando que existem 3 fundamentos na construção da memória: lembrar, esquecer, comemorar. Além disso, acredita que nossas decisões perpassam pela trilogia lembrar-esquecer-comemorar mais do que lembrar-julgar-punir. Percebe-se que as lembranças ou comemorações tornaram-se condição ética daquele que quer cultivar viva a memória de alguém ou de algum fato social comum a todos. Em contrapartida, omitir, esquecer um acontecimento, sugere uma traição aos princípios do grupo. Martins cita a memória da sloah para as comunidades judias e a do apartheid para os sul-africanos como exemplo. É essencial ao grupo o poder de escolha daquilo que deve ser preservado como importante e aqueles fatos e vivências que podem e devem ser descartados; a condição para acomodar tais eventos e suas consequências é considerar o tempo presente com base nas relações das pessoas com o passado, como dizia Frank Ankersmit (2002). O lembrar nos faz vivenciar uma tríade: a primeira é no sentido de chamar a memória; aquele que a busca é o mesmo que vivenciou o acontecido. A segunda seria a lembrança provocada, que é alcançada através de momentos, objetos, documentos, que trazem lembranças aos indivíduos. Porém, ‘fatores

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