MAU HÁLITO: QUE É, QUAIS SÃO AS CAUSAS E COMO TRATAR?
Halitose ou mau hálito é o odor desagradável, muitas vezes repugnante, do ar expelido pelos pulmões. Este problema, apesar de bastante antigo, foi descrito primeiramente como uma entidade clínica em 1874 e, por incrível que pareça, até pouco tempo atrás não se sabia suas causas e tratamento.
Hoje sabemos que o mau hálito, na grande maioria das vezes, não constitui um problema de saúde e, sim, uma simples alteração fisiológica capaz de alterar o odor do hálito tornando-o um grande obstáculo ao estabelecimento de relações sociais.
A simples presença de mau hálito pode provocar sérios prejuízos psicossociais. Os mais comumente relatados são a insegurança ao se aproximar das pessoas, podendo levar à depressão secundária, dificuldade em estabelecer relações amorosas, esfriamento do relacionamento entre o casal, resistência ao sorriso, ansiedade e baixo desempenho profissional, quando o contato com outras pessoas é necessário.
Apesar de poder ser provocado por mais de 90 possíveis causas, estima-se que 30% a 40% da população brasileira sofram de forma crônica do distúrbio. Pela manhã, este incômodo é fisiológico, presente em 100% da população devido a diversos fatores, tais como leve hipoglicemia (redução na quantidade de açúcar), redução do fluxo salivar durante o sono e proteínas da própria saliva, que geram componentes de cheiro desagradável, chamados de compostos sulfurados voláteis ou CSV. Este odor matinal, no entanto, deve desaparecer após a higiene dos dentes (com fio e escova dental), da língua e após a primeira refeição da manhã, caso contrário, pode realmente ser considerado mau hálito ou halitose.
Dentre os inúmeros fatores causadores, podemos salientar os bucais (má higeinização oral, saburra lingual, próteses dentárias mal adaptadas, restaurações defeituosas, baixo fluxo salivar, saliva muito viscosa e doenças das gengivas); não bucais, ou seja, causa extra-bucal (mais freqüente são as doenças