Monografia Lilian
A halitose é uma das queixas mais freqüentes entre pacientes que procuram o atendimento odontológico. Isto porque, possivelmente, todos os pacientes podem, eventualmente, apresentar episódios de halitose. É relatado, por exemplo, que cerca de 50% dos indivíduos de meia idade emitem, socialmente, hálito desagradável, normalmente atribuído ao despertar matutino. Esta condição é facilmente controlada com o tratamento, enquanto que a halitose persistente pode ser indicativa de distúrbios orgânicos, como úlceras gastrintestinais, hemorragias internas, diabetes mellitus, cirrose hepática, leucemia, uremia, entre outros. Nestas situações, a halitose é persistente e intensa, podendo sobrepor-se à halitose fisiológica, tornando a halitose matinal extremamente desagradável (Delanghe et al., 1999). A halitose é um sintoma constrangedor com significativo impacto social. Ela afeta milhões de pessoas ao redor do mundo e muitos recursos são investidos em produtos para a melhora do mau hálito sem sucesso. O estudo da halitose com uma abordagem científica se justifica, uma vez que a halitose é causa de restrição social, diminui a qualidade de vida e pode ser indicativo da presença de doenças mais graves, por exemplo diabetes. O diabetes é uma doença que causa o aumento de glicemia (quantidade de glicose no sangue). Quando o nível de glicose permanece fora da faixa de normalidade (acima ou abaixo) acontecem alterações no nosso corpo que prejudicam a saúde. O número de pessoas portadoras de diabetes é crescente em todos os países, onde 50% desconhecem esta condição. O hálito cetônico (semelhante ao cheiro de maçã velha) é característico no diabético e a doença periodontal costuma estar presente. O tratamento da doença periodontal é extremamente importante porque, como qualquer infecção, é um fator que eleva o nível de glicose no sangue e dificulta o controle