Matrizes do Pensamento Pedagógico
Matrizes Teóricas do Pensamento Pedagógico II
ANÁLISE DE QUADRINHOS
ANÁLISE E TRANSPOSIÇÃO DE ABORDAGENS PEDAGÓGICAS “O processo educacional que nada transforma está negando a si mesmo”, esta é uma das frases encontradas no texto de Fernando Becker sobre o Construtivismo. E é uma frase que exemplifica muito bem o primeiro quadrinho apresentado. Uma professora que acredita que o conhecimento ‘pronto’, ‘secular’ deve ser passado de forma ‘pronta’ e ‘terminada’ e/ou que o aprendiz já tem em si o conhecimento. Em sua concepção, não há outra forma de ensinar. O conhecimento não é algo a ser construído a partir da interação, conseqüente acomodação e assimilação dele. Uma brincadeira em que o aprendiz reconstrói seu mundo a partir da construção, ação, operação daquele objeto – conhecimento ou o desenvolvimento do conhecimento a partir da relação com o outro. E, provavelmente, esta professora também recebeu seus conhecimentos assim, de forma acabada e é a única forma que conhece de ensinar.
A professora do quadrinho, ao invés de oferecer o “alimento” – conhecimento à flor, mostra não ter condições de criar um espaço propicio à aprendizagem. O conhecimento nem é construído a partir de interações que buscam transformar o mundo prévio do aprendiz ou que propiciem a ele a aproximação com alguém com maior conhecimento a fim de que possa desenvolver seu conhecimento. Ainda, não há diálogo, não há transformação, não há criticidade e entendimento de seu mundo.
No segundo quadrinho apresentado no texto de Fernando Becker, vemos uma feira de ciência em que um projeto se destaca mantendo os transeuntes à distância. Apesar de o tema ser sobre um inseto, considerado pela maioria das pessoas como repugnante, é obviamente um assunto que os alunos acharam interessante por ser próximo deles, significativo, com o qual era fácil dialogar dada a sua proximidade das crianças. A curiosidade que deveria ser estimulada, as questões que os alunos do quadrinho tentaram