matrix convite a filosofar
Nunca gostei de filmes de ficção-científica e ação. Sou mais dos dramas, romances, aventuras e comédias, estas em doses homeopáticas. Quando lançado, portanto, o filme Matrix não me chamou a mínima atenção. Mas um dia, ao cursar Jornalismo, um professor, se não me engano de Semiótica, passou o filme para a sala, mas eu tinha faltado à aula. Peguei uma cópia do filme com um colega (ops, pirataria! God bless me!) e ao contrário do que deveria ter feito não assisti ao filme na ocasião. Ele poderia ter caído na prova e eu iria me enrascar. Não sei se caiu. Se caiu, eu “embromei”. Ele ficou guardado por anos. Até que ao iniciar a leitura da obra “Convite à filosofia”, de Marilena Chauí, ao explicar sobre o ato de filosofar, a autora faz uma comparação exemplar da intertextualidade de Matrix com o nascimento da Filosofia na Grécia Clássica.
Assim despertou-me o interesse em assistir ao filme e esses dias de férias de Natal e Ano Novo, eis que o degustei. Confesso que não foi fácil. Um filme muito complicado, cheio de efeitos especiais, metafórico, subliminar e tudo mais. Logo que terminei, fui para a internet pesquisar sobre o filme e me esclarecer mais e também retornei ao capítulo introdutório de “Convite à Filosofia”. Ao terminar de ler as palavras de Chauí quase cai em desespero, pois minha proposta era escrever uma resenha para este blog e como eu poderia fazê-lo se Marilena já o tinha feito tão bem em seu livro? Quem sou eu para me comparar a Marilena Chauí? Mas, ao relatar que a Filosofia nasceu do questionamento, inicialmente de Sócrates e depois de diversos filósofos, da realidade, do mundo, do homem, questionar-se e indagar a tudo e a todos, então não tive dúvidas, vou dar minha modesta opinião sobre Matrix.
Chauí chama a atenção para o nome dos personagens principais Neo (novo, ou renovado) e Morfeu (espírito, filho do Sono e da