Material economia
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE ITAPIRA
Economia
Professor: Ediano Dionísio do Prado
Cap. 1 A sociedade “pós-industrial”
Hoje, novas problemáticas se desenham nitidamente nos horizontes da sociedade contemporânea, acossando a tranqüilidade dos teóricos e envolvendo os homens num sentimento de incertezas e questionamentos. Se a sociedade industrial pode ser explicada pela bipolarização entre as classes burguesa e proletária, através da importância do trabalho na produção de valor, atualmente, esse modelo explicativo não corresponde mais à realidade. Urge, portanto, novos modelos de explicação. O desenvolvimento da sociedade industrial capitalista pode ser resumido pela extraordinária aventura da condição do capitalista e do assalariado. Ocorreu a cristalização do trabalho como eixo das relações sociais. As relações de compra e venda do trabalho podem ser vistas como um processo que origina as configurações culturais, simbólicas e de identidades pessoais. O modo de vida capitalista, centrado no trabalho como produtor de valor, passou a envolver muito mais do que orientações organizadoras dos processos de trabalho e acumulação de capital. Ele plasmou modos de consumo e estilos de vida com ampla penetração na identidade do indivíduo: basta considerar todo o complexo de forças implicadas na proliferação da produção, da propriedade e do uso em massa do automóvel para reconhecer a vasta gama de significados sociais, psicológicos, políticos, bem como mais propriamente econômicos que estão associados a um dos principais setores de crescimento do capitalismo do século XX. Além disso, as propensões sociais e psicologias, como o individualismo e o impulso de realização pessoal por meio da auto-expressão, a busca de segurança e identidade coletiva, a necessidade de adquirir respeito próprio, posição ou alguma outra marca de identidade individual, têm um papel na plasmação de modos de