Material Bibliográfico Biodiesel
3.1 BIODIESEL
A denominação genérica biodiesel é utilizada para caracterizar combustíveis produzidos a partir de fontes renováveis, tais como óleos vegetais e gorduras animais, para utilização em motores de ignição por compressão. Baseado na química orgânica, Meirelles (2003) adota a seguinte definição técnica para o biodiesel: “um éster alquílico de ácidos graxos, obtidos da reação de transesterificação de qualquer triglicerídeo (óleos e gorduras vegetais ou animais) com álcool de cadeia curta (metanol ou etanol)”. O biodiesel se insere na matriz energética brasileira como um aditivo, segundo o marco regulatório (Lei nº 11.097/2005, publicada no Diário Oficial da União em 13/01/2005), cuja evolução vai, a contar da criação desta lei, até a obrigatoriedade do uso do B5 (adição de 5% de biodiesel ao diesel), a partir de 2013.
3.1.1 Matérias-primas para produção de biodiesel
As matérias-primas para a produção de biodiesel são: óleos vegetais, gordura animal, e óleos e gorduras residuais. Óleos vegetais e gorduras são basicamente compostos de triglicerídeos, ésteres de glicerol e ácidos graxos. Por exemplo, no óleo de soja, o ácido predominante é o ácido oléico, no óleo de babaçu, o laurídico e no sebo bovino, o ácido esteárico. Todos os óleos vegetais, enquadrados na categoria de óleos fixos ou triglicerídicos, podem ser transformados em biodiesel. Dentre as fontes para extração de óleo vegetal que podem ser utilizadas, as principais são as plantas oleaginosas, como a soja, mamona, palma, pinhão manso, amêndoa do coco de babaçu, semente de girassol, caroço de algodão, grão de amendoim, semente de canola, semente de maracujá, polpa de abacate, caroço de oiticica e semente de linhaça. Dentre as principais matérias-primas para biodiesel no Brasil, destaca-se a soja, apesar de ter mais proteína que óleo, constitui em fonte importante devido às grandes áreas plantadas, baixo custo de produção e dispõe de uma oferta