Marília de Dirceu
Resumo
Este trabalho consiste em uma breve análise da obra Marília de Dirceu, do poeta árcade Tomás Antônio Gonzaga, para o entendimento e exemplificação do Arcadismo, bem como o modo de agir, pensar e sentir da sociedade desse período literário.
Introdução
O Arcadismo, também conhecido como Neoclassicismo, desenvolveu-se na segunda metade do século XVIII, o Século das Luzes. Tal período literário tinha o propósito de combater o barroquismo e cultivar a lírica amorosa e bucólica.
A vida campestre, em Marília de Dirceu, é apresentada de maneira idealizada, pois a natureza era considerada um lugar perfeito e a cidade era fonte de sofrimento e corrupção.
Na obra de Gonzaga (1956), o eu lírico apresenta-se como um pastor e a amada como uma pastora, a qual tem sua beleza exaltada por ele. Dirceu fazia confissões amorosas, nas quais se pode perceber que havia necessidade de mostrar que não era qualquer um que merecia o amor da pastora Marília. Mas, fica evidente que nos pastores se projeta o drama amoroso vivido por Gonzaga e Maria Dorotéia.
Desenvolvimento
O Arcadismo
O Arcadismo brasileiro foi uma escola literária que apareceu na segunda metade do século XVIII trazendo mudanças no contexto histórico, o qual correspondeu à crise da sociedade colonial, ou seja, a descoberta do ouro e o declínio da lavoura da cana-de-açúcar. O centro econômico, então, mudou-se para a região mineira. O território brasileiro foi palco da Inconfidência Mineira durante o período arcaico. Tal revolta justifica-se pela tentativa de eliminar a dominação portuguesa de Minas Gerais, estabelecendo-se, assim, um país independente. Porque embora os burgueses defendessem a liberdade política e econômica, continuavam escravocratas na vida social, mas os mineiros tinham consciência do excesso da dominação portuguesa.
O século XVIII, também referido como “Século das Luzes”, representa uma fase