Marília de Dirceu

Peça: Marília de Dirceu
Tomás sentado no jardim.
Narrador: Tomás Antônio Gonzaga nasceu na cidade de Porto, em Portugal. No ano de 1754. Logo no primeiro ano de vida o menino ficou órfão de mãe e mudou-se com seu pai para Pernambuco e logo depois para Bahia.No colégio jesuítas, aqui no Brasil. Era óbvio que havia algo diferente com o menino, ele era excepcionalmente criativo.
A Catoli de Vila Rica ficava ao lado da casa de sua tia. Ela passava os dias e os finais de semana na casa de sua tia. Acontece que o desembarcador despejava na casa também. Acontece que a casa era muito grande, e Tomás costumava passar o dia pelo jardim a tarde. E numa dessas admirou Marília, menina de apenas 16 anos. Marília tinha apenas 16 anos e era de uma família de posses e criada com todo rigor que na época determinava.
Tomás está admirando a paisagem e encontra seu amigo.
Amigo de Dirceu: Ei Tomás, o que faz por aqui, nessas bandas?
Dirceu: A trabalho, também estou apreciando as belezas de Vila Rica.
Amigo de Dirceu: A menina é de família. Cara se o pai dela sabe. Mas diz por ai que ela vive tacando som na beira dos homens.
Dirceu: Nada que um belo charminho não resolva.
Narrador: Naquela época, para agradar a sua dama o homem tem que ir primeiro a igreja, a missa e depois a casa.
O romance para o lecionário em Vila Rica, onde Dirceu escreveu Marília em seus versos. Dirceu era um nome que ele sempre dava em Coimbra, para não ser reconhecido em suas cartas.
Amigo de Dirceu vai até Marília e entrega uma carta de Dirceu.
Amigo de Dirceu: Uma carta para a senhorita.
Ostento tantos dotes de aventura.
Só pareço, lhes dou jeito pastora.
Depois de teu afeto me segura.
Que queres que eu tenha Minha Senhora?
É bom Minha Marília, é bom ser dono de um rebanho que como um monte e prado.
Porém, jeito pastora do teu grado vale mais do que um rebanho, mais do que um trono.
Graças, Marília Bela, Graças a minha Estrela.
Narrador: Marília ficou encantada com a poesia dele.