MARX, K. “O trabalho alienado”
MARX, K. “O trabalho alienado”, In: FERNANDES, F. (org.), Marx/Engels (Col. Grandes
Cientistas Sociais 36 – História). São Paulo, Ática. 1989. (Manuscritos Econômico-
-filosóficos de 1984: pp. 146-164). Segundo Karl Marx, quanto mais o trabalhador produz riquezas, menos custa para a economia, por conseguinte mais se desvaloriza, tornando-se uma mercadoria. Cada vez mais valoriza os objetos, aumentando assim, a desvalorização do mundo dos homens, ou seja, cada vez que o operariado produz, se torna mais pobre, o produto é para ele um ser estranho e independente. Ele é escravo do seu próprio trabalho, pois primeiro recebe trabalho para depois receber meios de subsistência. Isso quer dizer que primeiramente é operário para posteriormente ser uma pessoa física. A economia política encobre a alienação na característica do trabalho porque não considera a relação entre trabalhador (trabalho) e produção. O trabalho produz riquezas para a burguesia e carência aos proletários. O trabalho não pertence às características do trabalhador, é exterior, ele não consegue se afirmar, se sente infeliz, não faz livremente atividades físicas e intelectuais, mas se esgota fisicamente e danifica o seu espírito. O proletário só sente livre nas funções animais, ou seja, bebendo, comendo, procriando, à medida que nas funções humanas, se reduz a animal, pois o trabalho é forçado, é de sacrifícios, de tortura, o homem torna sua vida um meio de subsistência, desta forma, o trabalho aliena o homem. Se o produto não pertence ao trabalhador, sendo exterior a ele, chegando a não pertencê-lo, consequentemente deve pertencer a outro, obviamente deve ser outro homem (burguês) que pegou do proletário tudo aquilo que deveria lhe pertencer. Com excedente do trabalho alienado inicia o acúmulo de riquezas, resultando no surgimento da propriedade privada. Há semelhanças entre o salário e a propriedade privada, ambos são consequências fundamentais para alienação do trabalho, este é um