Marx e engels
Até o século XIX, imperava um modo de ver o mundo de cunho estritamente racional. O sistema capitalista salientava as desigualdades sociais, pois gerava a concentração de riquezas. Ainda que revoluções insurgissem em todo o mundo - tanto burguesas quanto proletárias – as filosofias clássicas racionais não estremeciam. Essa realidade não se inverteu nem mesmo com as críticas à razão, de Kant. Os filósofos dessa época não se preocupavam com questões de caráter social. Em meio a isso é que surgem Marx e Engels mostrando a necessidade de levar a idéia à prática: “os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de modos diversos; agora, trata-se de transformá-lo” (MARX apud REALI; ANTISERI, 1991, p.192). A partir de então, o homem sai da perspectiva espiritualista e passa a observar o mundo no que toca às condições materiais de sobrevivência. “Marx e eu – escreve Engels – fomos quase que os únicos a salvar da filosofia idealista alemã [...] a dialética consciente e transferi-la para a concepção materialista da natureza e da história” (ENGELS apud REALI; ANTISERI, 1991, p.186).
DESENVOLVIMENTO
1. Estudo do método dialético
Método é o meio pelo qual se chega a determinado objetivo. Os filósofos sempre buscaram o mais racional e adequado para se chegar à verdade. Para os materialistas o método dialético é o único que leva à verdade, possibilitando que se chegue a ação transformadora. Entretanto, faz-se necessário conhecer o seu oposto – o método metafísico – para melhor entendimento da dialética.
a) O método metafísico
“O método metafísico considera as coisas como feitas em definitivo, como imutáveis” (ENGELS apud BESSE; CAVEING, 1954, p.26). Para a metafísica não há movimento, tampouco as causas das mudanças. Ela trabalha com a idéia do além da natureza, o ser, que para alguns seria Deus. O materialismo ignora esse ser, e fundamenta-se apenas na ciência, na matéria. Frases como não