Marx & Engels
Modo de produção se define como a maneira que uma determinada sociedade se organiza para produzir os bens que necessita. Um modo de produção específico é determinado pelos meios de produção que o constituem, isto é, as técnicas, tecnologias e conhecimentos utilizados na produção, além da sua divisão do trabalho e as suas relações sociais específicas. O modo de produção de uma determinada etapa da história humana a distingue de outras etapas. Marx e Engels delimitam alguns modos de produção ao longo da história, comparando-os com o modo de produção capitalista vigente. São esses modos: o comunismo primitivo das primeiras sociedades humanas; o modo de produção asiático que recebe especial atenção em algumas análises, devido ao caráter imutável de suas relações socioeconômicas e onde, em linhas gerais, os membros da sociedade eram meros subordinados a vontade do Estado; a escravidão clássica, típica da Grécia e da Roma antigas, onde houve pela primeira vez um pleno desenvolvimento da propriedade privada, e o feudalismo predominante na Europa Ocidental, que tinha por base relações socioeconômicas servis. A comparação desses modos foi essencial, pois, a partir dela, entendeu-se que a vida social estava condicionada diretamente com o modo de produção vigente, e este modo na grande maioria das vezes acabava por gerar uma divisão social determinante para o desenvolvimento da sociedade.
2. O que as "crises" internas ao modo de produção capitalista representam na discussão do Manifesto?
Na visão de Marx, as crises internas do capitalismo, as chamadas crises de superprodução, cada vez mais violentas, representam o desmoronamento deste modo de produção. Este desmoronamento representa, por sua vez, o início da revolução responsável pela transição da era capitalista para a era comunista, seguindo os seguintes estágios: a ditadura do proletariado, que seria a luta contra a