Martins pena
Luís Carlos Martins Pena era filho de João Martins Pena e Francisca de Paula Julieta Pena. Perdeu o pai com um ano de idade e a mãe, aos dez. Educado por tutores, foi preparado para a vida comercial. Completou o curso do comércio em 1835. Cedendo à vocação, passou a frequentar a Academia de Belas Artes, onde estudou arquitetura, estatuária, desenho e música; simultaneamente estudava línguas, história, literatura e teatro.
Martins Pena é considerado o consolidador do teatro no Brasil com suas comédias de costumes que até hoje são representadas. Além de fundador da comédia de costumes no Brasil, escreveu outros gêneros como farsas e dramas e contribuiu no Jornal do Comercio como crítico teatral.
Soube aproveitar o momento em que se intensificava a criação do teatro romântico brasileiro, que possibilitava tratar das situações e personagens do cotidiano, e mostrou a realidade de um país atrasado e, predominantemente, rural, fazendo a plateia rir de si mesma. Seus textos envolvem, sobretudo, flagrantes da vida brasileira, do campo à cidade.
Assim, apresenta com temas principais, os problemas familiares, casamentos, heranças, dotes, dívidas, corrupção, injustiças, festas populares etc. Sua galeria de tipos compreende: funcionários públicos, padres, meirinhos, juízes, malandros, matutos, moças namoradeiras ou sonsas, guardas nacionais, mexeriqueiros, viúvas etc.
A primeira representação de uma peça do autor foi em outubro de 1838, a peça era “O juiz de paz na roça”, no Teatro São Pedro.
Obras:
Um Sertanejo na Corte (1833-37) O Juiz de Paz da Roça (1842) O Judas em Sábado de Aleluia (1846)
O Cigano (1845) As Casadas Solteiras (1845) O Noviço (1845) O Namorador ou A Noite de São João (1845) O Caixeiro da Taverna (1845) Os Meirinhos (1845) Os Ciúmes de um Pedestre ou O Terrível Capitão do Mato (1846) Os Irmãos das Almas (1846) O Diletante (1846) Quem Casa, Quer Casa