Biografia de Martins Pena
Em 1838, entrou para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde exerceu cargos, até chegar, em 1847, ao posto de adido de primeira classe à Legação do Brasil em Londres. De 1846 a 1847, fez crítica teatral e escreveu folhetins no "Jornal do Commercio".
Sua maior contribuição à literatura brasileira foi como teatrólogo, cuja história coloca-o como o fundador da comédia de costumes, na qual satiriza a sociedade brasileira de então. Ao mostrar como funcionavam as relações sociais, contribuiu para a compreensão histórico-sociológica do seu tempo, bem como com a lingüística, visto que escrevia as falas das personagens, utilizando a linguagem coloquial da época.
Dotado de singular veia cômica, soube aproveitar o momento em que se intensificava a criação do teatro romântico brasileiro, que possibilitava tratar das situações e personagens do cotidiano, e mostrou a realidade de um país atrasado e, predominantemente, rural, fazendo a platéia rir de si mesma. Seus textos envolvem, sobretudo, flagrantes da vida brasileira, do campo à cidade.
Assim, apresenta com temas principais, os problemas familiares, casamentos, heranças, dotes, dívidas, corrupção, injustiças, festas populares etc. Sua galeria de tipos compreende: funcionários públicos, padres, meirinhos, juízes, malandros, matutos, moças namoradeiras ou sonsas, guardas nacionais, mexeriqueiros, viúvas etc.
Escreveu aproximadamente 20 peças. "O Juiz de Paz na Roça, "Judas em Sábado de Aleluia", "Os Irmãos das Almas", "Quem Casa Quer Casa", "O Noviço" são algumas das principais e que vêm