Teatro Indígena, Jesuíta e Martins Pena

0.0 - Introdução
Na Grécia antiga o teatro começou com os rituais para Dionísio, no Brasil foi similar, nosso teatro nasce com os rituais indígenas e suas celebrações antropofágicas. Depois chegaram os jesuítas e seus autos de catequização. O teatro com grupos formados por atores brasileiros só se estabeleceu a partir do século 19, abrindo a área para o florescimento da comédia de costumes – principalmente de Martins Penna – e para o teatro burlesco.
1.0 - Teatro indígena
1.1 – Rituais indígenas:
Grande parte dos rituais realizados nas tribos indígenas podem ser classificados como ritos de passagens. Os ritos de passagens são cerimônias que marcam a transformação de um integrante daquela tribo ou de um grupo inteiro de uma situação social para outra.
“Eles marcam momentos constituintes da identidade dos indivíduos nas diferentes fases da vida, incluindo a passagem para o mundo dos mortos. Manifestam as relações entre o mundo social e o mundo cósmico, entre o universo natural e sobrenatural.” (Em: <http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJA63EBC0EITEMID7D5503CEC35947968A2A63C846E4C75APTBRNN.htm> Acessado em: 18 de outubro de 2014).
Os rituais de passagem se desenvolvem em três fases:
Sepultamento: em que se separa dos vivos.
Transição: em que se afastados vivos, mas é uma ameaça para eles.
Incorporação: não mais no mundo dos vivos, mas dos mortos, quando é definitivamente afugentado da aldeia.
Ritos de puberdade: passagem para a vida adulta.
Os rituais representam a celebração das diferenças entre os seres humanos e com os outros seres que habitam esse cosmo. E para realizar essas celebrações há uma intensa trama de prestações de comida, bebidas, de cantos, de artesanatos que são postas em movimento e criam a celebração destas diferenças.
Há diversos tipos de ritos, podemos citar como exemplos os de iniciação, de gestação, do nascimento, de morte, matrimoniais, de mudanças de estação e etc, todos eles marcando datas de transformações importantes.