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No dia seguinte, depois do teste de Português, reunimo-nos à beira do Polivalente.
Como é que te correu? – perguntou-me o João Filipe, conhecido pela sua sabedoria de Química e de Ciências, mas que pela cara não lhe devia ter corrido muito bem.
Bah, era fácil. – respondi.
Eu cá espalhei-me na composição. – disse o Ricardo.
Eu também! – rematou o Filetes.
Após aquela conversa acerca do teste de Português, fomos, claro, “dar uns toques” para o campo, que estava vazio.
Eu, o João Miguel e o Ricardo contra o resto. – propôs o André. Só que “o resto” era só eu, o João Filipe e a Amarílis, o que tornava as coisas bastante desequilibradas. Mas assim ficou. Foi um bom jogo, cheio de pormenores técnicos por parte das duas equipas, mas o golo acabou por surgir por intermédio do Ricardo, que após ter passado pela Amarílis rematou rasteiro, sem hipóteses para o João Filipe, que bem se esticou, mas o remate era indefensável.
E depois de vários lances de perigo junto à baliza da Amarílis, que havia substituído o João na baliza após o golo sofrido, conseguimos empatar, com um remate meu, que, após ter ressaltado no pé do André, acabou no fundo das redes.
A marcha do marcador não mais sofreu alterações, pelo que o jogo acabou empatado a um.
A “stôra” nunca mais chega. – disse o Joel, enquanto olhava para o seu relógio de pulso do Benfica. A maioria dos outros alunos da turma já o tentaram convencer para tirar aquele relógio, mas todas as tentativas foram em vão.
Quanto tempo já passou? – perguntou a Joana Gomes, que já estava numa pilha de nervos, a pensar que a professora de Geografia podia faltar.
Dez minutos.
Ó Ana Coelho, vai perguntar à senhora empregada se é furo!
Já vou! Se eu soubesse que ser delegada de turma era assim, teria recusado sê-lo!
A ansiedade era grande. A esperança de haver mais um furo, que obviamente seria aproveitado para mais um joguinho de bola, tinha