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De acordo com dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 190.755.799 habitantes, dos quais 53.081.950 são nordestinos. Esse número faz com que o Nordeste seja a segunda Região mais populosa do país, superada somente pelo Sudeste. Apesar da Região Nordeste possuir uma população absoluta elevada, o mesmo não acontece com a população relativa (cerca de 34,1 hab./km2), ou seja, a densidade demográfica é baixa (método que avalia a quantidade de habitante por km2 em um determinado território). Isso acontece pelo fato da Região ocupar uma extensa área territorial.
Outra característica ligada à população da Região é quanto à sua distribuição geográfica no território, que ocorre de maneira irregular. Há uma grande disparidade populacional na Região, enquanto existem áreas densamente povoadas, como a Zona da Mata e Agreste, em outras a densidade demográfica é muito baixa, como no Sertão e no Meio-Norte.
Pelo menos 40% da população se encontra na sub-região da Zona da Mata, isso é explicado pelo fato de ser a parte mais desenvolvida economicamente do Nordeste. É nela que estão as principais cidades, além das empresas dos setores primários, secundários e terciários que impulsionam a economia.
Muitos sertanejos migram para os principais centros urbanos localizados na sub-região, fugindo da seca, miséria e falta de perspectivas do Sertão. Na esperança de uma vida melhor vão para as grandes cidades nordestinas, como Salvador, Fortaleza, Recife e Natal, e, como não possuem recursos, buscam moradias em bairros desprovidos de infra-estrutura e marginalizados, agravando ainda mais os problemas sociais e urbanos.
A desigualdade não acontece somente quanto à distribuição geográfica da população, mas também entre os próprios habitantes, enquanto a maioria da população sobrevive de maneira precária, existe uma estreita camada