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ENSAIO
Quando o escritório é um redemoinho de maldade
No trabalho, raiva e hostilidade podem ser contagiosas
ROBERT I. SUTTON
Há alguns anos, uma executiva do Vale do Silício que chamarei de Ruth me contou sobre o trabalho em escritório "baixo astral". Ruth disse que colegas a menosprezavam, a interrompiam e a olhavam com raiva.
A maldade não era dirigida somente a Ruth; eles se tratavam com desdém e desrespeito. Mesmo entre as pessoas mais resistentes, os locais de trabalho infestados de imbecis podem cobrar um preço. Como o psicólogo Roy Baumeister e seus colegas demonstraram em seu artigo "Mau é mais forte que bom", pessoas e eventos negativos colocam um peso desproporcionalmente grande em nossos estados de espírito, bem-estar, saúde física e relacionamentos.
A maldade generalizada não apenas danifica as pessoas, aumenta os custos e mina o desempenho, ao expulsar bons funcionários. As pessoas reagem a chefes e colegas de trabalho mal-educados e desrespeitosos declarando-se doentes com maior frequência, fazendo menos sugestões, trabalhando menos e executando trabalho de menor qualidade.
Uma pessoa desagradável pode derrubar um grupo inteiro: a raiva e a hostilidade são contagiosas. Quando perguntei a Ruth como ela havia mantido sua sanidade, ela me contou sobre o conselho que tinha recebido na adolescência de um guia de rafting: se você cair do bote, não lute contra a corredeira. Confie no seu colete salva-vidas e flutue com os pés para a frente. Se você for atirada contra as rochas, pode usar os pés para se proteger e empurrar.
Essa estratégia de redemoinho permitiu que Ruth sobrevivesse a esses encontros malignos cerca de 30 anos depois. Quando os ataques pessoais, olhares tortos e acusações começaram, ela estendeu os pés a sua frente embaixo da mesa e disse: "Acabo de ser jogada para fora do barco por esses