Marketing para organizações que não visam lucro
Nos países mais avançados o marketing tem sido cada vez mais utilizado para fortalecer as chamadas organizações que não visam o lucro. Isso acontece porque essas organizações, como quaisquer outras, oferecem algum tipo de produto a um ou mais mercados e públicos. Assim, teóricos nos EUA e Europa mostraram que os conceitos de produto, preço, promoção e propaganda, e distribuição, que são empregados pelos especialistas em marketing do setor que visa lucro, podem ser definidos com a máxima relevância para todas as organizações. Os conceitos de mercados e processos de troca precisam ser generalizados. O conceito de maximização do lucro deve ser traduzido como maximização do custo-benefício, a fim de que os modelos de marketing possam ser aplicados no setor que não visa o lucro.
O marketing é um extraordinário elemento para auxiliar na obtenção de um serviço público de qualidade. Segundo Kotler, “o marketing tornou-se um assunto de interesse crescente para os gerentes das organizações que não visam o lucro, tanto públicas, quanto privadas. Os conceitos, instrumentos e modelos que tem funcionado tão eficazmente para controlar os produtos e serviços do setor que busca o lucro, estão se tornando cada vez mais relevantes à administração dos produtos e serviços das entidades que não almejam lucros. As organizações que não visam o lucro defrontam-se com uma infinidade de problemas que seriam analisados como simples problemas de marketing, se estivessem numa corporação cuja meta é o lucro”(Kotler, Philip, Marketing para organizações que não visam o lucro, São Paulo, Atlas, 1.978).
A utilização do marketing para relacionar agencias governamentais com seus públicos é uma prática disseminada nos países mais desenvolvidos. No Brasil essa prática só começa a acontecer timidamente agora.
Esse descompasso deve-se em parte à defasagem econômica e , também, aos anos de autoritarismo, que colocaram de lado a democracia. Na falta de liberdade e eleições, a cidadania