Marketing no Varejo
O presente trabalho se propõe a refletir sobre o mercado varejista brasileiro e o marketing relacional como estratégia para criação de diferencial competitivo. Neste contexto, analisa-se o mercado varejista brasileiro e sua dinâmica, e a evolução do conceito relacional no marketing, possibilitando perspectivas para futura investigação de maior profundidade quanto à aplicação do paradigma relacional como uma referência estratégica para o setor varejista.
Palavras chave: Marketing de relacionamento, marketing de varejo, transação.
O varejo brasileiro
Em meados do século XIX surgiram os primeiros estabelecimentos comerciais que ofertavam produtos importados à casta social de então. Todavia, o varejo alimentício só viria a se desenvolver a partir dos anos de 1950, momento em que o crescimento urbano toma grande impulso e é criado o primeiro supermercado brasileiro, o Sirva-se, em 1953, implementando o conceito de autosserviço no país. Mas é somente no final dos anos 1960 que a figura do supermercado, de fato, seria reconhecido como categoria diferenciada de varejo de alimentos.
De acordo com Belik (2004), a produção e distribuição de alimentos no Brasil, à semelhança dos Estados Unidos, obedeceram a uma dinâmica na qual a produção em massa requeria uma distribuição em massa, para atender a um mercado em constante expansão. Essa dinâmica passa a ser influenciada a partir do meado dos anos oitenta com as alterações na estrutura econômica brasileira e com a introdução de inovações na produção e distribuição de alimentos, levando à concentração em diversos ramos industriais e varejistas, se intensificando nos anos noventa, principalmente com a internacionalização das grandes redes supermercadistas. Para esse cenário também contribuíram as alterações na economia internacional, pois conforme dados do DIEESE, citado por Ghisi et al. (2008), o varejo brasileiro passou a ser influenciado por novas tecnologias, por técnicas de gestão mais inovadoras, pelo aumento