Marketing contra fome
Se pudesse atender a essa pergunta a resposta seria muito simples. A produção no mundo capitalista não está voltada a necessidade da sua população, mas para o capital. Paises como a Etiópia produzem sim, e muito, mas para o mercado externo, onde há possibilidades de expandir o capital daqueles que produzem. Como a população local não tem acesso aos meios de produção, e consequentemente ao capital, eles mesmo estando ao lado, não tem direito a esse alimento. Talvez seja uma falha moral arraigada no homem contemporâneo, colocar os interesses em primeiro lugar e esquecer do outro, quando este não lhe proporciona nenhum bem material.
Compadecer-se com o outro é a nossa busca pelo lado humano que ainda existe em nós.
Como pudemos ver de acordo com o Banco Mundial, em 2005 mais de 1,4 bilhão de pessoas viviam na extrema pobreza, com menos de US$ 1,25 por dia. Na pobreza moderada, ou seja, renda diária de US$ 1,26 a US$ 2, eram mais 1,6 bilhão. 90% da população nessas situações está concentrada em três regiões: África Subsaariana, leste e sul da Ásia. A Índia tem 41,01% das pessoas com renda de até US$ 1 por dia e a China concentra outros 22,12%. O livro destaca alguns aspectos sobre a pobreza que são ignorados muitas vezes por aqueles que tentam reverter o quadro, como, por exemplo, o fato de que os pobres são um grupo heterogêneo, com gostos e necessidades diferentes.
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