Mario Perniola
Mario Perniola (Asti, 1941) é um filósofo italiano contemporâneo. Atua nas áreas de Estética, teoria da arte, arte contemporânea e seu trabalho está ligado a Vanguarda, Situacionismo, Pós-modernismo, Teoria Crítica e Pós-humanismo. Perniola recebeu sua formação filosófica sob a orientação de Luigi Pareyson na Universidade de Turim, onde se formaram também Gianni Vattimo e Umberto Eco, entre outros . Interessou-se inicialmente pelas questões da metaliteratura, o que atraiu a atenção de Eugenio Montale. De 1966 a 1969 esteve estreitamente ligado ao grupo da Internacional Situacionista, um movimento de vanguarda empenhado em causas políticas e sociais, fundado por Guy Debord, com quem manteve uma amizade que durou diversos anos.
O período inicial da carreira de Perniola concentra-se na filosofia do romance literário e na teoria da literatura. Na sua primeira obra, Il metaromanzo (O Metaromance, 1966), que é também a sua tese de doutoramento, Perniola defende que o romance moderno, de Henry James a Beckett, tem um carácter auto-referencial. O objectivo de Perniola é demonstrar a dignidade filosófica dessas obras de literatura, que tentam recuperar uma respeitosa expressão cultural. O Prémio Nobel da Literatura Eugenio Montale elogiou Perniola por esta original reflexão crítica sobre as obras literárias O vasto campo de interesses de Mario Perniola cobre ainda a filosofia dos meios de comunicação, ou media. Em Contro la comunicazione (Contra a comunicação, 2004; Lisboa, Teorema, 2004), são analisadas as origens, mecanismos e dinâmicas da comunicação dos mass media e os seus efeitos degeneradores. O volume Miracoli e traumi dela communicazione(Milagres e traumas da comunicação, 2009) lida com os sinistros efeitos da comunicação desde os anos 60, focando quatro “acontecimentos degenerativos” 25 . São eles a revolta estudantil de 1968, a revolução iraniana de 1979, a queda do muro de Berlim em 1989 e o ataque às torres gémeas de Nova York