mario de andrade
O Modernismo, como é sabido, propunha, em termos de literatura, a construção de uma linguagem autenticamente nacional e popular. Nas artes plásticas já havia inclusive essa preocupação pelo nacional, a exemplo de alguns precursores como Almeida Júnior e Benedito Calixto, cujos temas estavam voltados para o cotidiano popular, pelo histórico nacional; na Literatura, lembramos os nomes de Graça Aranha (Canaã), Lima Barreto (Triste Fim de Policarpo Quaresma) e Euclides da Cunha (Os Sertões).
A busca por novas formas de expressão culmina na Semana de Arte Moderna, em 1922. Os principais nomes do modernismo são: Oswaldo de Andrade, Anita Mafalti, Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Raul Bopp (Cobra Norato), Ascenso Ferreira (Catimbó, Cana Caiana); Victor Brecheret (escultura); e outros tantos.
O modernismo se opôs à linguagem bacharelesca, artificial e idealizante de uma estrutura de classes arcaicas que seria abalada, até certo ponto, com a Revolução burguesa de 1930. Até certo ponto porque não se fez a Reforma Agrária, razão pela qual se acentuou o êxodo rural e o consequente inchaço dos centros urbanos.
Segundo alguns autores, Macunaíma expressa pesquisa do autor sobre a realidade social urbana e o folclore brasileiro, traduzindo em literatura as formas da oralidade do nosso povo, e buscando, ao mesmo tempo, uma síntese entre o erudito e o popular, a partir da própria produção cultural do povo, que outra coisa não é senão seu folclore, suas crenças, e sua maneira de ser, seu temperamento.
O modernismo, apesar de sua rebeldia artística, não se vinculou a nenhum movimento político, a nenhuma proposta de transformação da sociedade. Note-se, inclusive, que foi nesse mesmo ano que se deu a fundação do Partido Comunista do Brasil. Foi, contudo, uma militante desse Partido (Pagu) a