Marinha do Brasil
A Marinha do Brasil tem sua origem ligada ao próprio nascimento do país. Em meio ao processo de independência, o governo tinha a necessidade de estender e consolidar sua autoridade sobre uma nação distribuída ao longo de uma extensa fronteira marítima. Os portugueses exerciam resistência armada nas províncias da Cisplatina, Bahia, Maranhão e Pará, e o domínio do litoral daria uma enorme vantagem ao império brasileiro, permitindo expulsar os portugueses, forçar o Norte a submeter-se, e colocar as diversas províncias sob a autoridade nacional, além de impedir a chegada de reforços de Lisboa. Assim, era necessário iniciar o processo de formação da Marinha Imperial, que de fato, teria um peso importante na conquista da independência.
Com a proclamação da república, e consequente mudança de regime, a Marinha abandona a denominação “imperial”, mas permanece como um núcleo bastante simpático à monarquia até as primeiras décadas do século XX. Centro de muitas tradições e práticas antigas, tanto para o bem quanto para o mal, esta força militar sofrerá uma gradual reforma a partir da chamada “Revolta da Chibata“, de 27 de novembro de 1910, onde marinheiros se levantaram em protesto contra a antiga prática de chicotear os insubordinados, semelhante a práticas escravocratas.
Durante a Primeira Guerra Mundial o Brasil teve pouca participação, apoiando os aliados. Sua principal ação foi o envio de uma força naval para patrulhar a costa africana entre Dakar e Gibraltar. A operação resultou em tragédia, pois tripulações inteiras foram atacadas pela gripe espanhola, que fazia numerosas vítimas naquela região. A moléstia causou 176 vítimas mortais.
Na Segunda Guerra Mundial, a Marinha encontrava-se desprovida de recursos, tendo que lidar com os constantes ataques de submarinos alemães, que acabaram por afundar dezenas de embarcações brasileiras. Ao entrar na guerra, a principal tarefa brasileira foi a de garantir a proteção dos comboios que