Maria Lúcia Faltava apenas uma hora para que ela completasse seus cinquenta e sete anos. Ela já estava dormindo. Dormia cedo a pobre viúva, umas nove horas já estava pronta para se deitar. Demorou a pegar no sono, a pobre coitada não parava de pensar em seu falecido marido com quem vivera 40 anos de casada, e tivera três filhos. Por volta de duas horas da manhã, Lúcia se levanta, seu quarto estava escuro, ela sai pelo quarto igualzinho a um zumbi, com suas mãos para frente procurando a parede com o interruptor para acender a luz. Foi até a cozinha, tomar um copo de água. Já estava preste a voltar ao seu quarto. A campainha toca pela primeira vez. _ Eita! A essa hora? Quem será? Não vou atendê não, vai que é ladrão! -Diz Lúcia ao estranhar a situação. Ignorando aquele momento, ela volta para o quarto, mas antes que pudesse se deitar, a campainha toca mais uma vez. Novamente Lúcia estranha. Ela até tenta dar um espiada para ver quem está tocando sua campainha em um brecha da cortina em sua janela, mas não vê se quer uma alma viva. Ela se vira para sua cama levantando seus cobertores para se deitar. A campainha toca outra vez, agora pela terceira vez. Rapidamente a viúva se vira e espia na janela, mas não vê ninguém em frente a sua casa. _ O Diacho sô! Diabo é isso? Oche! - Diz Lúcia estranhando mais ainda a situação e pensando até em chamar a polícia. Ela por fim se deita. Quando de repente a campainha começa a tocar sem parar. _Eita! Jesus, Maria, José, ai minha Nossa Senhora, meu Jesus Cristo, que diabo é isso? Ai minha Nossa Senhora! - Começa a gritar sem parar a viúva. Se levantando da cama em um pulo, ela pega um cassetete e sai correndo de casa, escancarando a porta e gritando: _Quem está aí? Eu tô armada! Vá embora, ou eu te mato e chamo a polícia! _Quer mesmo que eu vá embora? E Aliás é impossível