O livro da guerra grande: limites de gêneros literários e contatos entre ficção e história
Introdução
Em 1864 o Brasil interveio militarmente no Uruguai para derrubar seu presidente, Atanásio Cruz Aguirre, em apoio a Venâncio Flores. O Brasil ocupou Montevidéu com a cumplicidade da Argentina e da Inglaterra, atingindo diretamente o Paraguai, pelo fechamento dos rios da Bacia Platina.
CHIAVENATO (1996) esclarece que o navio brasileiro Marquês de Olinda que transportava o futuro governador da província brasileira de Mato Grosso, Frederico Carneiro de Campos, e várias autoridade que o acompanhavam para posse, foi seqüestrado pelo dirigente paraguaio Solano López dando inicio à Guerra do Paraguai. Em seguida, o exército paraguaio invadiu a província de Mato Grosso, ocupando boa parte da região que hoje é Mato Grosso do Sul.
Durante o governo de López o Paraguai, conforme salientam GRESSLER E VASCONCELOS (2005) apresentava um desenvolvimento superior, se comparado aos países vizinhos, em alguns setores e dependia cada vez menos do fornecimento das companhias marítimas inglesas, que dominavam o comércio internacional. Isso fez com que a Inglaterra apoiasse os aliados na guerra contra López.
Esperando contar com o apoio da Argentina Solano López enviou suas forças para invadir o Brasil através da província argentina de Corrientes. No entanto, a Argentina assinou o Tratado da Tríplice Aliança, em 1865, compondo com Brasil e Uruguai a força que iria combater os ataques paraguaios.
Em junho de 1865 as forças paraguaias são derrotadas na Batalha do Riachuelo, com a destruição completa de sua marinha, o Paraguai então concentra seus ataques por terra.
Em Março de 1870, acaba finalmente a Guerra, com a morte de Francisco Solano López, em Cerro Corá, nas proximidades da atual cidade de Ponta Porã.
A Grande Guerra, de acordo com DORATIOTO (2007), foi a maior intervenção militar brasileira em solo estrangeiro, o mais longo conflito armado da América do Sul e uma das