Maria da Penha
Como diz o texto de Bertold Brecht, Nunca digam: isso é natural! Pois como o autor diz no mundo em que vivemos hoje nada é normal. Violência não é natural, a desordem não é natural e não ser humano não é natural. Chega de acharmos que tudo, mesmo estando errado, é natural. O ser humano é agressivo sim! Há pessoas agressivas que demonstram isso, mas algumas guardam para si. Como diz o ditado “Quem vê cara, não vê coração”! Algumas pessoas se fazem de “boazinhas”, mas por dentro fantasiam muita coisa ruim como, por exemplo, constranger outra pessoa. Desde criança, somos ensinados a nos controlar, a não sermos agressivos, mas com o passar do tempo podemos perder esse controle e passamos a expor essa agressividade. A agressividade é uma operação que atua desde cedo no desenvolvimento psíquico e comportamental do sujeito, fazendo parte das pulsões tanto de vida quanto de morte. A agressividade se contrapõe aos afetos amorosos. Se por um lado ele ama, por outro ele odeia. O problema é quando a agressividade se transforma em violência, apresentando-se de maneira descontrolada e destrutiva, pois o sujeito pode voltar contra outrem ou contra si mesmo. A raiva é a expressão da violência. A raiva se manifesta quando somos frustrados por algo externo ou interno. Assim, podemos ficar zangados quando alguém nos intimida ou nos ameaça Em alguns casos ficamos zangados com nós mesmos ou projetamos nossa raiva em pessoas ou coisas que não têm a ver com nosso fracasso. O que se percebe é um aumento significativo de atos de violência e vandalismo.
Vivemos em um mundo onde não existe mais padrão para a violência, pois só existe assassinato, roubo, agressão, assalto, sequestro, estupro, tortura. Vivemos num cenário de medo e insegurança, cercado de incerteza e injustiça. Ainda existe esperança e alegria, mas não dá para relaxar e viver sem ter a consciência dos riscos que corremos todos os dias. A violência é o uso desejado da agressividade, com