Marcuse - a grande recusa

1589 palavras 7 páginas
Marcuse, o apóstolo da grande recusa

Na filosofia política, tal como no Cosmo, sabe-se, por igual existem cometas. Herbert Marcuse foi um deles. Em astronomia poderiam equipará-lo a um astro elíptico, um corpo celestial de fôlego curto. Reflete um brilho intenso, cintilante, porém, em seguida, perdemo-lo de vista, desaparecido na escuridão cósmica. Mesmo assim configurá-lo como um fenômeno de circunstância é injusto. Marcuse teve a rara felicidade de, ainda em vida, assistir e sentir os efeitos do que teorizou: “A Revolução Inesperada”, a grande revolta estudantil de 1968, pegou-o quando tinha 70, fazendo dele o patrocinador teórico das Kinder der Revolution, das “ Crianças da “Revolução”.
Na Escola de Frankfurt

Herbert Marcuse (1898 – 1979)
Na Alemanha dos anos vinte, na República de Weimar, Herbert Marcuse fora um dos integrantes do Frankfurt Institut für Sozialforshung, o Instituto de Pesquisas Sociais, instituição que celebrizou-se como a Escola de Frankfurt, formada por um seleto grupo de intelectuais filomarxistas (Felix Weil, Theodor Adorno, Max Horkheimer, etc..). Em alentados ensaios publicados desde 1932 na sua revista, a Zeitschrift für Sozialforschung, tentaram explicar através do que denominaram de Teoria Crítica, como o capitalismo ocidental conseguira sobreviver e preserva-se dos tumultos das revoluções de 1971-1919 e qual o papel desempenhado pela cultura como um poderoso elemento de dominação e conformismo.
Com a ascensão dos nazistas, em 1933, Herbert Marcuse, que antes, em 1929, fora até Freiburg para ser orientado por Heidegger numa tese doutoral sobre Hegel, embarcou para o exílio nos Estados Unidos. É bem possível que esse europeu da gema, uns berlinenses de origem judaica, nascido em 19 de julho de 1898, jamais tenha conseguido aclimatar-se na América. Depois de peregrinar pela Universidade de Columbia, Harvard e Brandeis, chegou por fim à Califórnia, fixando-se na Universidade de San Diego.
Marx e Freud

Só se

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