Desigual distribuição do poder

Este é um ensaio proposto para a unidade curricular de Correntes Atuais da Sociologia I, e tem como objectivo mostrar que as questões da desigual distribuição do poder e a questão política estão presentes em todos os autores estudados ao longo do semestre, nomeadamente Mead, Blumer, Becker, Marcuse, Habermas e Lhumann.
O trabalho está dividido por autores, na qual faço uma breve apresentação dos seus estudos. No final problematizei alguns pontos de contacto/distância entre as suas teorias, e farei uma breve crítica sob a minha perspetiva, enquanto autora deste ensaio.

MEAD
O seu conceito principal é o self. Para Mead, o self deve ser compreendido tanto como resultado da evolução da espécie humana, como em termos do desenvolvimento de cada membro individual. O que distingue os seres humanos é o facto de possuírem um self, uma acção reflexiva com o mundo exterior e consigo próprios. Em paralelo com a acção social, existe a interação comigo próprio (self interaction).
De acordo com Mead o “Eu” nasce na conduta, quando o indivíduo se torna um objeto social pela própria experiência. O self só pode ser desenvolvido plenamente quando as pessoas se tornam membros de uma comunidade e agem segundo as atitudes comuns desta comunidade. Atitudes estas, que estão definidas, à priori, por membros com poder para tal. Para Mead, a formação da mente acontece quando o indivíduo consegue tomar a si mesmo como objeto de reflexão. Este processo, que ele denomina comunicação triádica, dá-se pela interação reflexiva entre três instâncias simultaneamente subjetivas e objetivas: o "Eu", o "Mim" (que constituem o "self") e o "outro generalizado". Neste sistema, o outro generalizado corresponde a reflexividade estabelecida entre o indivíduo e a sociedade à qual pertence.
O outro generalizado é o conjunto de representações. Mesmo que esteja só, sei que há uma sociedade que espera de mim certos comportamentos. Eu comporto-me de acordo com as expectativas, e só tenho capacidade de