marcas de protesto
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As Marcas e os Protestos: com as devidas apropriAÇÕES
4 de Julho de 2013 em Opinião
Desde os primórdios, o homem necessitou (desejou) deixar suas marcas por onde passava, os registos datam cerca de 5 mil anos em vasos de cerâmicas, ossos de animais ou pedras. As marcas são formas de identificação e expressão do ser humano e é por meio delas que nos manifestamos e sempre as resignificando a cada momento.
O Brasil vive um momento histórico de protestos populares contra a corrupção, pela reforma política, por melhorias na saúde, na educação e entre outras reinvindicações, cujas bases são o respeito e a dignidade ao povo brasileiro. Os protestos tiveram como estopim o aumento das passagens do transporte público, mas isto era apenas uma das inúmeras causas representadas, a gota d’água que faltava para transbordar o Atlântico, inundando as ruas do Oiapoque ao Chuí [1]e as manchetes dos jornais do mundo inteiro.
A tecnologia no ativismo e a comunicação não controlada das redes trouxeram a possibilidade de re-unir o povo por meio da organização horizontal. E em pleno País do
Futebol-Arte, a manifestação impetuosa, mas pacífica (apesar de alguns incidentes, ânimos alterados e aproveitadores), teve início juntamente com a Copa das
Confederações, um momento propício para destacar os contrastes: os gastos do dinheiro público para preparar o país para a Copa do Mundo (e Olimpíadas) X os investimentos em prol da população; a comemoração X contestação; alegria X tisteza; riqueza X pobreza…
Qualquer ação coletiva depende de uma mensagem que reverbera na consciência do povo e “o gigante acordou e foi pra rua”! Esta é uma frase emblemática, uma apropriação criativa da publicidade de duas marcas comerciais, Johnnie Walker e Fiat, que se tornaram o hino das manifestações. Outras marcas se fizeram presentes: Coca-Cola, Mentos,