marcador somático
O marcador somático atua de imediato e, automaticamente, provoca-nos uma espécie de repulsa. De igual forma, o marcador também nos pode enviar sinais negativos quando a aceitar um emprego que vagou, em virtude de um amigo nosso ter sido despedido.
*pedir a alguém para ler o texto azul*
Segundo António Damásio, o marcador-somático possui base orgânica e é desencadeado pela modificação de padrões neuronais inatos cujo objetivo consiste em garantir a sobrevivência. Porém, o seu funcionamento depende da aprendizagem, pois necessita da associação de certos factos a sensações agradáveis ou desagradáveis. Quando o marcador avalia a situação de forma positiva, funciona como um incentivo, levando-nos a decidir pela ação. Mas se, pelo contrário, a avaliação é negativa, o marcador funciona como uma campainha de alarme, inibindo a conduta. A sua capacidade incentivadora ou inibidora exerce-se com base na experiência passada. O marcador somático é involuntário e por isso não se coloca no lugar da vontade, tomando decisões pelas pessoas. Ele simplesmente, ao eliminar algumas opções e evidenciando outros, poupa a razão a uma série infidável de análises de prós e contras antes de se arriscar a decidir. A tese de damásio é a de que é absurdo separar a cognição e emoção, na medida em que o funcionamento equilibrado da mente só é possível com o contributo da emoção. Logo, mais do que elementos perturbadores, as emoções tornam-se necessários para o bom desempenho das tarefas cognitivas. Damásio ilustra as suas conceções com os casos de Phineas Cage e Elliot, que, como vamos ver, foram pessoas que, em virtude de lesões no córtex pré-frontal, perderam a capacidade de se emocionar.
*pedir