mar portugues
Micael Cordeiro nº16
Joaquim nº
Mar português
Ó mar salgado, quanto do teu sal a
São lágrimas de Portugal a
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, b
Quantos filhos em vão rezaram b
Quantas noivas ficaram por casar c
Para que fosses nosso, ó mar! c
Valeu a pena? Tudo vale a pena, d
Se não é pequena. d
Quem quer passar além do Bojador e
Tem que passar além da dor. e
Deus ao mar o perigo e o abismo deu f
Mas nele é que espelhou o céu. f
Assunto do poema
O mar
A saudade
A desgraça
O perigo
A coragem
A fama
A gloria
Divisão dos poemas da 2ºpar
I O Infante
II O Horizonte
III Padrão
IV O Mostrengo
V Epitáfio de Bartolomeu Dias
VI Os Colombos
VII Ocidente
VIII Fernão de Magalhães
IX Ascensão de Vasco da Gama
X Mar Português
XI A Última Nau
Prece
Alguns dos recursos estilísticos deste poem
Apóstrofe
“ ó mar salgado”
Chamamento do mar
Hipérbole
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal! (…)”
O Sal é amargo no sabor e as lágrimas são amargas não só no sabor, mas também no que elas traduzem de sofrimento e dor. ⇒Símbolo do sofrimento, de tantas tragédias provocadas pelo mar.
O som l repetido nas palavras fundamentais dos dois primeiros versos ⇒Sugere uma relação necessária e fatal entre as duas realidades: o mar e o sofrimento do povo português. A confirmar esse sofrimento aparecem as mães, os filhos, as noivas ⇔ três elementos importantes da família ⇒ Sugere que foi no plano do amor familiar que os malefícios do mar mais se fizeram sentir.
Anáfora
“Quanto(…)/Quantas(…)/Quantos(…)”
Repetição da palavra “Quanto” para intensificar a expressão ou sentimento do poeta.
Interrogação retórica
“Valeu a pena?”
No início da segunda estrofe, Fernando Pessoa questiona se todo esse sofrimento, todo esse sacrifício por parte dos Portugueses teria valido a pena. Logo de seguida, reflete que tudo vale a pena, para que mais