Mar Adentro - Resenha
DISCIPLINA: LET408 - CULTURA GALEGA
ALUMNA: VANESSA DA CONCEIÇÃO DAVINO DE ASSIS
Comentario sobre a película Mar Adentro
O filme trata da história de Ramón Sampedro, um homem cheio de vida que após um mergulho acidental fica tetraplégico e assim inicia a luta para que lhe seja concedido o direito de morrer dignamente.
Com um roteiro emocionante, um grande elenco de atores espanhóis e um cenário repleto de paisagens naturais, o filme nos leva a reflexão sobre a questão da eutanásia. Seria crime ajudar alguém a tirar sua própria vida? Se a Constituição nos concede o direito de viver, por que não o de morrer? Por que viver passa a ser mais uma obrigação do que um desejo?
Acredito que as respostas para estas perguntas sempre serão permeadas pelas crenças e moral de cada indivíduo. Desde que nascemos somos instruídos a preservar nossas vidas como uma dádiva divina, evitando a morte sempre que possível. O desejo de morte então se torna um tabu para a sociedade e quando discussões acerca do suicídio assistido ou da eutanásia vem à tona, instituições religiosas e grupos que pregam a sacralização da vida chamam de “homicídio” o que outros consideram um “ato de misericórdia”. A legislação brasileira não permite a prática da “boa morte”, um dos motivos seria talvez a preocupação deste método ser banalizado no país, e assim acabar se tornando uma solução para todos os casos de doenças graves que surgissem nos hospitais. O uso errôneo da eutanásia poderia ser também empregado para diminuir os gastos com a saúde pública e aumentar o número de leitos hospitalares. Penso que se algum dia a eutanásia viesse a ser legalizada no território brasileiro, sua prática deveria ser controlada e restrita para para casos, de fato, irreversíveis.
A ilegalidade da eutanásia, contudo, impede que pacientes debilitados por conta de doenças terminais e males incuráveis sejam libertados da dor de viver. Fato que prolonga o sofrimento físico e