Maquiavel
Edson Bellozo
Sem o recurso à ética ou à moral, Maquiavel é o primeiro a discutir a política e os fenômenos sociais, podendo-se apregoar ao pensador florentino também o pioneirismo na utilização do método científico de Aristóteles e de Averróis à política, observando os fenômenos políticos através da leitura de “tudo aquilo que havia sobre o assunto e os descrevendo a seu próprio tempo. A base de seus ensinamentos está calcada nos acontecimentos passados, visando um objetivo comum, que é a unificação da Itália, que se encontra desorganizada e vulnerável a toda sorte de conluios e conspirações. Esta unificação só será possível graças à ação de um príncipe que possua as qualidades preconizadas em sua obra mais famosa, O Príncipe, observadas na história romana, da qual Maquiavel constantemente se reporta, de modo que, está presente em seu pensamento, a lição que a história nos dá. Essa missão só foi possível graças o nascimento do filho do papa, que reunia as qualidades de um líder, figura carismática que defendesse seu povo sem escrúpulos e nem medir esforços. A história, sob a ótica maquiaveliana, se repete, tornando-se a mestra da vida. O palco onde se dá a representação humana, suas ações, segue um roteiro comum ao longo do tempo, o que leva a entender que mudam os personagens, os cenários, mas seguem-se os mesmos roteiros. A presente discussão inserida no livro de Maquiavel é de fundamental importância para nós estudantes, pois, traz questões que envolve a matéria Teoria Geral do Estado e Ciência Política, que tem como objetivo compreender o Estado e a sua relação com os elementos que o constituem. Retrata, como são formados os Estados, como governá-los, agindo com objetivos concretos, afinal segundo ele os fins justificam os meios, no qual esses meios sejam