maquiavel

O PRINCIPE
Maquiavel, em sua obra “O Príncipe”, busca formalizar um manual de como um príncipe deve conduzir suas ações a fim de manter pelo maior tempo possível sua conquista com prestígio e segurança. O autor busca fazer uma análise histórica dos acontecimentos na Europa para traçar linhas gerais da atuação de um príncipe modelo. Atinge sua máxima na frase: “Os fins justificam os meios.”, frase de efeito que, no âmago do sistema épico, indicava que o uso de ferramentas imorais ou ilícitas era aceitável, quando se tinha por objetivo o sucesso do Estado.
A exposição de suas ideias se dá por meio de exemplificações históricas, Maquiavel cria um pensamento indutivo, no qual os fatos são seu maior argumento. Dos fatos, Maquiavel extrai teorias sobre a natureza humana, a natureza do poder e a natureza do Estado.
Política, segundo o autor, consiste n’ “a arte do possível”, consideração que evidencia o caráter empírico das ciências políticas; é tratada como esfera autônoma na vida social, rompem-se os laços com a ética, religião e filosofia, é tratada como a esfera do poder por excelência, e consiste em fins em si mesma. Por fim, Maquiavel deduz que política é a forma de conciliar a existência humana com a marcha da história, pois é a atividade construtiva da existência coletiva.
Quando trata da conduta dos príncipes, Maquiavel lança princípios que são questionados ferozmente até hoje, criando, inclusive, adjetivos pejorativos, como, e.g. “maquiavélico”; entretanto seus fundamentos advêm de sua visão pessimista do homem. Maquiavel considera os homens: ingratos, volúveis, simuladores e avarentos, com natureza imutável. Para designar sua concepção de quão mesquinha é a natureza humana, e por isso deve ser tratada com amoralidade quando necessário, o autor usou a frase: “O homem esquece mais facilmente a morte do pai do que a perda de patrimônio.”.
Sob sua ótica de natureza humana, ainda disse: “Os homens tem menos escrúpulos de ofender