Maquiavel
No seu clássico, “O Príncipe”, ele traçou o perfil que deveriam ter os governantes e, como um Moisés, também tornou público seus mandamentos. Não houve um Jesus Cristo para aperfeiçoá-los – não foi preciso. Eles foram difundidos por toda terra, principalmente naquele país ao sul do equador… Tal qual os preceitos religiosos, os de Maquiavel são igualmente populares, não custa lembrá-los: o primeiro ensinava que o governante deveria zelar apenas pelos próprios interesses… Continuava dizendo que não deveriam honrar ninguém, além deles.
Recomendava que os governantes deviam fazer o mal, fingindo estar fazendo o bem… E ainda outra pérola: que matassem os inimigos e, se fosse necessário, os amigos… Deixei alguns de fora, os citados bastam para entendermos muitas coisas que estão acontecendo. Querem um exemplo? Uma figura conhecida em nosso país disse que o governo atual era o mais corrupto da história. Complementou dizendo que era obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente.
Declarou sem meias palavras, de maneira enfática: “AFIRMO que o governo atual é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos”. Paro por aí, pois disse muitas outras coisas.